11 de julho de 2007

Balada de Gisberta

No novo albúm de nome Luz, Pedro Abrunhosa, apresenta uma faixa de nome "Balada de Gisberta" em homenagem a Gisberta Salce Júnior, a transexual que foi assassinada no Porto, em Fevereiro do ano passado.
Nos concertos desta nova Tour de Abrunhosa, o músico dedica-a “a um transexual que foi assassinado há tempos por um grupo de delinquentes”, e aproveita sempre para proferir algumas palavras sobre o que foi a vida de Gisberta.
Be Yourself partilha hoje a letra da Balada de Gisberta:
Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei
E com ferros morri.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.
E o amor é tão longe,
O amor é tão longe…
(…)E a dor é tão perto.
Poderá ouvir a música aqui.

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