1 de outubro de 2007

Irão A misteriosa ausência de gays

O Presidente que foi à Universidade inventar um país sem homossexuais Ahmadinejad foi apresentado pelo presidente da Universidade de Columbia como um ditador mesquinho, cruel e ridículo.
O Presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, dirigia-se ontem à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas dificilmente arrancaria assobios e gargalhadas da plateia como aconteceu na véspera, numa conferência proferida na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, quando disse que no Irão não há homossexualidade."No Irão não temos homossexuais, ao contrário deste país", declarou Ahmadinejad, para delírio de centenas de estudantes que não deixaram de assistir à palestra do Presidente do Irão (apesar da polémica que o convite gerou no campus universitário) e não conseguiram evitar as gargalhadas.

Ahmadenijad respondia a perguntas sobre o tratamento duro e a perseguição política do regime às mulheres, homossexuais e académicos com posições discordantes da linha oficial. "As mulheres no Irão gozam de mais liberdade do que em qualquer outro lugar do mundo. A nossa população é a mais livre do mundo", respondeu.Antes, os alunos reagiram com assobios a outras declarações igualmente surpreendentes, como quando Ahmadinejad voltou a questionar a existência do Holocausto. "O massacre nazi de seis milhões de judeus não deve ser tratado como um facto mas sim como uma teoria, e assim ser mais sujeito a debate, estudo e investigação", disse.Outra matéria que o Presidente do Irão disse merecer mais pesquisa e investigação é, por exemplo, a responsabilidade da Al-Qaeda pelos ataques de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos. Os estudantes responderam com assobios quando Ahmadenijad os desafiou a "ver quem está realmente envolvido nos ataques terroristas".A tensão instalara-se ainda antes do líder iraniano começar a falar, primeiro com uma manifestação nos jardins da universidade e depois com as palavras introdutórias do presidente da instituição, que apresentou o seu convidado como um "ditador mesquinho e cruel, simplesmente ridículo".

in Publico

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