13 de março de 2008

A transfobia volta a matar...

Dois anos após a morte de Gisberta, a transfobia volta a matar em Portugal.

Neste sentido, a Panteras Rosa estão a convocar para uma vigília a realizar em Lisboa, e apelam à mobilização de acção internacional para os dias 24 a 26 de Março.
Vigília de homenagem a Luna: 4a feira, dia 26 de Março, às 19h00m - Conde Redondo, Lisboa.


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Excerto do comunicado de Imprensa de 13 de Março de 2008:
"Dois anos depois do brutal assassinato de Gisberta, no Porto, outra mulher transexual foi assassinada e o cadáver encontrado num contentor de entulho na zona de Lisboa, na passada semana. (...) Este é o caso de, Luna, de 42 anos, com surdez parcial, de origem brasileira, há muitos anos residente e trabalhadora em Portugal, prostituía-se no Conde Redondo. Dois anos depois de Gisberta, os e as transsexuais continuam a ser alvo de violência e do ódio gerado pela incompreensão e o preconceito. Nada sabemos sobre o crime que a vitimou nem sobre as suas motivações. (...)Luna nasceu mulher; o seu corpo, masculino, estava errado para a sua identidade. Era acompanhada no Hospital de Santa Maria pela equipa multidisciplinar de alteração de corpo, tinha projectos, desejos e frustrações como todas as pessoas. Tinhas pessoas que lhe queriam bem e talvez quisesse voltar para o Brasil onde está a sua família. Luna foi uma mulher que lutou contra muitas dificuldades e, segundo os jornais, morreu vítima de grande violência, possivelmente alimentada por ódio, preconceito e ignorância. O seu corpo foi deixado num contentor de entulho, oculto por pedras e pó, como se fosse lixo, como se a sua vida não tivesse valido a pena. (...)As Panteras Rosa – Frente de combate à GayLesBiTransfobia, reafirmam o seu compromisso com a luta contra a transfobia em todas as suas formas e rendem homenagem a Luna, prostituta na nossa cidade, mulher porque sim!

Proposta de acção internacional:
À escolha 24, 25 ou 26 de Março...Que se faça uma vigília, com velas, em especial memória de Luna e de tod@s @s trans vítimas da transfobia. A iniciativa partirá de numerosos pequenos e grandes grupos no maior número de cidades possível. Com cartazes, frente à embaixada ou consulado de Portugal nas cidades onde estes existam, ou em praças frente a ministérios europeus, frente a hospitais psquiátricos ou onde quer que a homofobia se construia. Pedimos que difundam esta acção, que a façam participada e que nos façam chegar testemunhos, fotos, artigos, etc. a panteras.lisboa@gmail.com

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